A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta quinta-feira (21), audiência pública para debater com a população paraibana temas como a redução da jornada de trabalho, o sistema tributário e a soberania nacional. O evento, proposto pela deputada Cida Ramos, contou com a presença do deputado Félix Araújo; do vereador de João Pessoa, Marcos Henriques; da vereadora de Campina Grande, Jô Oliveira; do procurador da República José Godoy; e de representantes da sociedade civil organizada.
Para a deputada Cida Ramos, é fundamental que a Assembleia abra suas portas para que a população possa debater temas referentes à vida de cada cidadão. “Essa audiência pública discute algo que é fundamental, que não tem bandeira partidária. Isso prevalece sobre qualquer interesse. A gente está aqui para dizer que a Assembleia está atenta ao que está acontecendo, quer contribuir com o debate, com a discussão, e chamando a quem de direito, que é o povo paraibano brasileiro, para discutir as temáticas”, afirmou.
A parlamentar destacou que a realização do debate contribui para não só para ouvir a população, mas também para informá-la sobre temas que a atingem diretamente.
“As pessoas não aguentam mais pagar uma carga tributária tão grande, é preciso justiça fiscal e ao mesmo tempo dizer que nós já temos tecnologia suficiente para que determinados setores, que hoje trabalham praticamente de domingo a domingo, tenham o direito a uma escala reduzida, precisam de convivência familiar, precisam de saúde mental por que estão adoecendo. Então, essa audiência é para a gente dizer que essa jornada de trabalho não corresponde aos avanços tecnológicos e humanos que nós já conseguimos conquistar”, afirmou a deputada.
O deputado Félix Araújo chamou atenção para a necessidade de manter a população em alerta quanto a soberania do país e convidou o povo brasileiro a levantar a voz contra os que, segundo ele, tentam minimizar a história do Brasil. “Essas arremetidas, que primeiro humilham ou tentam humilhar a força e a história desse país, o Brasil, conhece desde longe, desde a campanha d’O Petróleo é Nosso’, há tentativa do capitalismo americano de exercer a sua dominação sobre o país, foram rechaçados e serão rechaçados”, resumiu. O parlamentar acrescentou ainda que a Casa de Epitácio Pessoa se engrandece ao debater temas de tamanha importância junto com a população. “São temas da atualidade e temas necessários: uma política econômica mais equilibrada, sustentável e correta no sentido de permitir aos pobres, aos humilhados a sua oportunidade”, finalizou.
O vereador Marcos Henriques ressaltou que a audiência pública cumpre um papel essencial ao aproximar a sociedade das discussões que impactam diretamente a vida das pessoas. Para ele, abrir espaço para que trabalhadores, estudantes e representantes de movimentos sociais participem ativamente desses debates fortalece a democracia. “É fundamental que a população ocupe esses espaços e ajude a pautar as decisões do poder público. Um governo democrático precisa ouvir e expressar as necessidades do povo. Nós temos hoje um Congresso muito voltado para os interesses do capital. Mas, com a força do povo, podemos avançar em medidas como a taxação de grandes fortunas e o fim da escala 6×1. É dessa forma que construiremos um país mais justo e soberano, onde as políticas sejam voltadas para quem mais precisa”, afirmou.
Já o procurador Federal, José Godoy, avaliou o debate como um exemplo de democracia, fundamental para tratar com a população de temas que vão além dos interesses locais, pois se projeta como um debate nacional. “Falamos muito em proteger a família, mas essa proteção começa garantindo que pais e filhos possam conviver. Com jornadas de 44 horas semanais, somadas a deslocamentos longos e transporte precário, o trabalhador sequer tem tempo de respirar”, afirmou. Godoy reforçou ainda que a participação popular é indispensável para que a pauta avance, “ampliando a voz da sociedade e fortalecendo o debate em diferentes instâncias”.
Representando a classe trabalhadora, o diretor da Central Única dos Trabalhadores na Paraíba (CUT-PB), Wilson Massau, declarou que a manutenção da escala 6×1 representa um modelo ultrapassado e prejudicial, que compromete tanto a saúde física quanto a mental dos trabalhadores. “A redução da jornada deve ser vista como uma pauta de valorização da vida, já que permite não apenas melhores condições no ambiente laboral, mas também a possibilidade de convívio familiar e de participação mais ativa em outras dimensões da sociedade”, frisou.
A população paraibana pode acompanhar todas as matérias apresentadas na ALPB, assim como, sessões ordinárias, visitas técnicas, reuniões de comissões, solenidades e debates através da TV Assembleia, pelo canal 8.2, e também pelo canal TV Assembleia PB no Youtube.
Fonte: Assessoria de Comunicação.
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