
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, defendeu sinergia e a maior interação entre Federações Estaduais de Indústria, associações setoriais e sindicatos industriais para ampliar a força do setor na interlocução com os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Segundo ele, o momento é oportuno, pois a política industrial voltou para o centro do debate, e o fortalecimento da indústria colocará novamente o país na trilha do desenvolvimento.
Alban participou da abertura do Imersão Indústria, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), na terça-feira (10) e do painel “A defesa da indústria nos três poderes”, nesta quarta-feira (11). O Imersão Indústria é maior evento do setor no estado.
“Nós precisamos interagir muito mais entre nós, criar essa unicidade, porque juntos seremos mais representativos e mais ouvidos. Na CNI, nós sempre buscamos interagir com as Federações Estaduais, com as associações setoriais e com os sindicatos, por meio das Federações. Mas também estão focados nas indústrias, principalmente aquelas que podem criar grandes encadeamentos produtivos”, disse o presidente da CNI.
Segundo ele, a interação com as empresas é essencial para ampliar e melhorar percepção dos representantes industriais sobre as necessidades de quem está no dia a dia da operação. “Devemos ouvir quem está no chão de fábrica, o que dói, além de a compreender as ações positivas, que precisam ser replicadas, principalmente para aproveitar esse grande momento no país, em que todos falam de indústria”, avaliou Alban.
O presidente da CNI ressaltou a importância da interlocução entre líderes empresariais e representantes dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Para ele, é possível ‘’fomentar o crescimento do setor produtivo a nível nacional, com apoio de um corpo técnico engajado e qualificado”. Alban também lembrou da necessidade de as Federações dialogarem com toda a sociedade, a fim de reforçar o impacto da indústria no dia a dia da população.
Diretor da CNI vê projeções positivas para a indústria nos próximos meses
Na sequência, o diretor de relações institucionais da CNI, Roberto Muniz, analisou o processo de industrialização do Brasil a partir de 1930, durante a Era Vargas. Oito anos depois, em 1938, foi criada a Confederação Nacional da Indústria. Segundo Muniz, ‘’a atuação de algumas Federações, incluindo a FIEMG, foi fundamental para o nascimento da entidade’’.
Ele lembrou, ainda, do acompanhamento legislativo diário realizado por interlocutores da CNI junto a representantes do poder público na tentativa de alavancar a cadeia produtiva e tornar o ambiente de negócios no país mais seguro. O dirigente também celebrou as projeções positivas para o setor em 2024, influenciadas pela tramitação da Reforma Tributária e pela criação do programa Nova Indústria Brasil (NIB).

O diretor jurídico da CNI, Cássio Borges, detalhou a atuação da entidade em prol da defesa dos interesses do setor produtivo. De acordo com ele, o trabalho do corpo jurídico da CNI é sistêmico, ‘’junto às Federações, sindicatos patronais e associações’’. Preferencialmente, a Confederação, quando atua no poder judiciário, aciona os tribunais superiores, como STF, STJ e TST, por razões legislativas e constitucionais
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